ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS PESSOAIS: UMA REVISÃO DE TEORIA E PRÁTICAS
DOI:
https://doi.org/10.29327/263416.2.2-6Palavras-chave:
Arquivos Pessoais, FFHC, CPDOC, Organização arquivística, FiocruzResumo
O objetivo do presente artigo é verificar as práticas de organização utilizadas e difundidas pela Fundação Getúlio Vargas, Fundação Fernando Henrique Cardoso e Fundação Oswaldo Cruz. As instituições foram escolhidas pelo fato de terem produzido material bibliográfico, apresentando metodologias de organização nas obras: Metodologia de organização de arquivos pessoais: a experiência CPDOC; Tempo e circunstância: a abordagem contextual dos arquivos pessoais e Manual de organização de arquivos pessoais, respectivamente. A metodologia adotada foi a revisão bibliográfica, de caráter descritivo. A hipótese era de que se apresentavam como material de conteúdo semelhante, porém foi perceptível a diferença anunciada em seus títulos por “metodologia”, “abordagem” e “manual”. O Manual de organização de arquivos pessoais apresenta parâmetros claros, como o processo de avaliação e aquisição de um acervo a ser incorporado para quaisquer instituições. Como iniciativa pioneira, a Metodologia de organização de arquivos pessoais merece ênfase ao apresentar suas experiências com arquivos de pessoas servindo de material basilar para outras instituições. Quanto a Tempo e circunstância, o caráter teórico discutido previamente aos procedimentos práticos traz relevantes considerações que devem ser aproveitadas para futuras experiências. É de suma importância discutir os exemplos que propiciaram as publicações das obras aqui analisadas. Foram referenciados os arquivos de homens, políticos e cientistas, há foco em figuras de “relevância pública”. Embora seja crescente o interesse pelos arquivos de pessoas, é necessário que os/as pesquisadores elaborem discussões teóricas que irão contribuir para a prática.
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